Vereadora por Maceió , Teca Nelma critíca PEC que quer privatizar praias brasileiras

Essa PEC apresenta uma grande ameaça pro Brasil, sobretudo para uma cidade como Maceió, disse Teca Nelma

Por Da Redação com Assessoria Teca Nelma 05/06/2024 - 11:27 hs
Foto: Assessoria


A vereadora Teca Nelma manifestou preocupação diante da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 03/2022, que está tramitando no Congresso Nacional e recentemente voltou a tomar conta do debate público em todo o país. A proposta sugere a transferência da gestão de propriedade de áreas públicas de costa, os chamados terrenos de marinha, facilitando a possibilidade de ocupação privada dessas regiões.

 

 

"É de extrema importância trazermos para a Câmara Municipal essa discussão e acompanharmos de perto essa tramitação, pois essa PEC apresenta uma grande ameaça pro Brasil, sobretudo para uma cidade como Maceió, conhecida mundialmente por suas belas praias, que é um patrimônio natural de todo o maceioense", defendeu a vereadora.

 

Teca Nelma enfatizou a ação predatória da especulação imobiliária na capital, com destaque para os bairros do Litoral Norte, como Guaxuma, Garça Torta, Riacho Doce, Pescaria e Ipioca, historicamente ocupados por comunidades tradicionais e de baixa renda. "Nosso mandato já vem observando os efeitos do mercado imobiliário para os moradores desses bairros, povoados por famílias que dependem das práticas pesqueiras e artesanais para sua subsistência. A privatização da praia, objetivando a construção de prédios e empreendimentos de luxo, só traz como consequência a expulsão dessas comunidades locais de seus territórios ou o impedimento do acesso devido à privatização das terras", ressaltou.

 

Outro ponto destacado pela vereadora foi o despreparo do poder executivo municipal na condução dos problemas socioambientais, o que justifica ainda mais a problemática da PEC em transferir para os municípios a gestão dessas áreas públicas de costa. "Em 4 anos, a gestão atual foi incapaz de reconstruir o Plano Diretor da cidade, instrumento tão importante do planejamento urbano, que não vê uma atualização desde 2005. Não bastasse fechar os olhos para a especulação imobiliária, a Prefeitura de Maceió também dá sua prova de omissão aos problemas socioambientais pela permissividade com que conduz a gestão do crime da Braskem, que afeta cerca de 70 mil maceioenses", reforçou Teca Nelma.